Lançamento do livro Vulcões

Editora | Araucária Edições

4 dez. 2025
18h30

Lançamento de livro | Vulcões

Editora | Araucária Edições 
4 dez | 18h30
Entrada livre (sujeita à limitação da sala)

Vulcões é o segundo volume da Coleção Azorica, uma coleção que começou com o título Nuvens e que explora um lugar de cruzamento entre Ciência e Arte.

O vulcanismo é uma presença ineludível nos Açores, está presente nas paisagens, na rocha, no relevo, nas águas termais, nas caldeiras, nos movimentos da terra. Este fenómeno aparece no livro de duas maneiras: no trabalho fotográfico, pessoal e artístico, de Daniel Blaufuks e na escrita do divulgador científico Nuno Pereira e da vulcanóloga Zilda França, que redigem um texto científico em que o leitor poderá conhecer a história da Vulcanologia, o que é um vulcão, como se forma, quais são os produtos vulcânicos, estilos eruptivos e outros conceitos básicos desta disciplina científica.

O livro abre com uma abertura poética de Judite Canha Fernandes, «Casa de Fogo», a revisão correu a cargo de Clara Vilar e José Albergaria é o designer deste livro fascinante.

 

Notas biográficas

Daniel Blaufuks tem trabalhado sobre a relação entre a memória pública e a memória privada, um tema que é uma das constantes interrogações no seu trabalho como artista visual. Tem exposto extensivamente em museus, galerias de arte contemporânea e festivais, trabalhando principalmente com fotografia e vídeo, e apresentando o resultado através de livros, instalações e filmes.

Em 2007, a partir do seu filme com o mesmo título de 2002, publicou o livro Sob Céus Estranhos (Tinta-da-China), que recebeu o prémio de melhor livro de fotografia na Photoespaña. Foi também premiado em 2007 pelo seu trabalho sobre Terezín, um campo de concentração na República Checa, sobre o qual editou um livro, Terezín (Steidl, 2010), e realizou o filme As If (2014).

Possui um doutoramento da Universidade de Wales, para o qual escreveu sobre fotografia e cinema na sua relação com os textos de W. G. Sebald e Georges Perec, assim como a sua relação com a memória e o Holocausto.

Em 2016, recebeu o prémio AICA pelas exposições Tentativa de Esgotamento e Léxico, tendo recentemente publicado os livros de texto e fotografia Não Pai (Tinta-da-China, 2019) e Lisboa Cliché (Tinta-da-China, 2021). Os seus filmes (fotografias expandidas) têm sido apresentados em diversos festivais de cinema. Entre os projetos mais recentes encontram-se trabalhos sobre a resistência à ocupação alemã na Bretanha e sobre o colonialismo em São Tomé e Príncipe, assim como o seu não-diário, Os dias estão numerados.

 

Judite Canha Fernandes. Escritora e dramaturga. Publicou poesia, romance, novela, conto e literatura infantojuvenil. É doutorada em Ciência da Informação, licenciada em Ciências do Meio Aquático e pós-graduada em Biblioteca e Arquivo. Entre outras distinções, foi prémio Agustina Bessa-Luís, duas vezes semifinalista do Prémio Oceanos e menção honrosa nos Prémios Literários Ferreira de Castro e Dias de Melo.

O seu romance Um passo para sul foi nomeado como melhor livro de ficção narrativa pela Sociedade Portuguesa de Autores e faz parte do Plano Nacional de Leitura 2020-2027. Mel sem Abelhas, o seu último romance, venceu o Prémio Literário Edmundo Bettencourt em 2024. É uma das 31 mulheres retratadas em Mulheres do meu País – Século XXI. A sua obra, já traduzida para espanhol, inglês, italiano, francês e alemão e adaptada para cinema, rádio e composição musical, é objeto de investigação em várias universidades.

 

Nuno Pereira frequentou a Universidade dos Açores (UAC), licenciando-se em Biologia em 2003 e terminando o Mestrado em Biologia (Especialização em Ensino) em 2006. Em 2010, concluiu nova licenciatura em Educação Básica. Atualmente, encontra-se a frequentar o Programa Doutoral em Ensino e Divulgação das Ciências na Universidade do Porto.

De 2009 a 2014, desempenhou as funções de Técnico Superior de Divulgação Científica no Observatório Astronómico de Santana e, de 2015 até ao presente, vem desempenhando as mesmas funções no Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores. Ao longo do seu percurso profissional tem colaborado em e coordenado diversos projetos, alguns dos quais promovendo a literacia científica em todas as ilhas do arquipélago dos Açores.

Tem contribuído para diversas publicações científicas relacionadas com o vulcanismo dos Açores e conta com diversas participações em congressos de comunicação em ciência, de entre as quais se destacam apresentações em várias edições do congresso SciCom. Tem frequentado formações importantes para o desempenho das suas funções, nomeadamente o Fórum CYTED: Ambientes Vulcânicos, laboratórios naturais para estudar impactos e avaliar oportunidades, na UAC, e a 5.ª edição da Escola Internacional de Verão sobre riscos geológicos em ilhas vulcânicas, do Instituto de Investigação em Vulcanologia e Avaliação de Riscos (IVAR).

 

Zilda Melo França licenciou-se em Ciências Geológicas-Universidade do Porto (1967). Doutorou-se na especialidade de Vulcanologia, Universidade dos Açores (2000). Frequentou cursos de pós-graduação em Vulcanologia nas Canárias, Andes (Argentina e Chile) e México. Fez estágio no Centro de Pesquisas Geocronológicas da Universidade de São Paulo, Brasil. É membro da Associação Portuguesa de Geólogos, membro Emérito da Academia de Marinha, Secção de Artes, Letras e Ciências, e membro do Conselho Científico do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores. É sócia fundadora do Comité Científico da Associação Europeia de Cidades e Territórios Vulcânicos (Itália), da Rede Ibero-Americana (Guatemala) e do Centre Haroun Tazieff (França). Foi agraciada com a Insígnia Autonómica por Mérito Profissional. Participou em conferências científicas em Portugal, Chile, São Paulo, Espanha, Japão, Filipinas, Equador, Nova Zelândia, Estados Unidos da América e Austrália. Participou em visitas de estudo a diversos vulcões mundiais. Tem inúmeros trabalhos científicos publicados em revistas nacionais e internacionais e vários livros de divulgação científica. Foi membro de júris de doutoramentos nacionais e internacionais.

 

José Albergaria é um designer gráfico Açoriano baseado em Paris. Ao longo de sua carreira, ele se destacou pela abordagem contemporânea e pelo uso de técnicas que equilibram a tradição e a modernidade.

Ele é particularmente reconhecido por seu trabalho no design editorial, identidade gráfica, tipografia e design de cartazes, frequentemente utilizando uma combinação de formas geométricas e tipografia ousada. Seu trabalho explora a relação entre a forma e a funcionalidade, além de incorporar elementos visuais que buscam transmitir uma mensagem clara e impactante.

Ele frequentemente colabora com instituições culturais, museus, teatros e eventos de design, como festivais de design gráfico (co-organização do AGI Open Paris 2017).

Além de seu trabalho prático, José Albergaria também é conhecido por seu envolvimento em projetos de ensino, contribuindo para a formação de novos designers e ajudando a promover a cena do design.

Seu trabalho exemplifica a busca constante pela excelência e inovação no design gráfico, buscando sempre criar soluções que sejam visualmente atraentes e, ao mesmo tempo, eficazes na comunicação.

José Albergaria é membro da AGI (Alliance du Graphisme Internationale) desde 2010 e co-presidiu o grupo francês da AGI de 2014 a 2017, ele foi nomeado em 2020 «Chevalier des Arts et des Lettres» pelo ministério da Cultura Francês.

 

Clara Távora Vilar tem mais de 25 anos de experiência profissional nas áreas da edição, coordenação editorial, revisão de texto e de traduções. Formou-se em Belas Artes pela Universidade de Lisboa e fez estudos pós-graduados (Técnicas Editoriais) na Faculdade de Letras da mesma Universidade e na Universidade Católica (edição e revisão de texto). Entre 1999 e 2023 trabalhou na coordenação editorial de publicações do Instituto Português de Museus, do Centro Cultural de Belém e do Museu Berardo, e foi gestora de imagem e design na Fundação Calouste Gulbenkian. Nos últimos doze anos também tem colaborado em regime freelance com instituições como o Governo Regional dos Açores, a Casa-Museu Júlio Pomar, entre outras, assim como com várias editoras independentes e edições de autor. É atualmente editora na Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

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