Objetivos

  • Incentivar a criação artística a partir do lugar/território: Açores, das vivências, da cultura local, do espaço e do tempo;
  • Fomentar a conceção e criação de projetos artísticos a partir do ambiente e da paisagem;
  • Fortalecer projetos criativos que estabeleçam interligações ente a(s) ilha(s) e o Arquipélago açoriano como um eixo no meio do Atlântico;
  • Cimentar uma programação transversal a todas as áreas de atuação do Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas (artes visuais, arquitetura, artes performativas, cinema, design, multimédia, música, literatura e moda) no sentido de fortalecer a criação nacional e internacional;
  • Situar o Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas como um ponto de referência internacional ao nível da criação artística:
  • Estabelecer contactos com Residências Artísticas nacionais e internacionais com o objetivo de participar em Redes de Residências Artísticas;
  • Promover a relação dos artistas nacionais e internacionais com o território: Arquipélago dos Açores, fazendo do Centro de Artes Contemporâneas um lugar de incentivo à produção e à criação artística;
  • Criar projetos artísticas multidisciplinares com o envolvimento da comunidade;
  • Estabelecer ligações entre a criação nacional e internacional, de forma a enriquecer o património artístico do ARQUIPÉLAGO;
  • Enquanto estratégia sustentada e continuada, as Residências Artísticas facultam o contato próximo com os processos criativos, cujo impacto ultrapassa os espaços mais reservados de trabalho, contagiando e estimulando pela dinâmica gerada outras atividades;
  • Dinamizar e reforçar o vetor de formação através de uma relação direta da comunidade local com as metodologias e os processos criativos;

Espaços

As residências artísticas poderão decorrer no edifício C destinado a qualquer tipo de criação artística (artes visuais, arquitetura, artes performativas, cinema, design, multimédia, música, literatura e moda); na Blackbox, mas apenas para projetos direcionados.

 

EDIFICIO C

Edifício pré-existente que faz ligação com o Edifício Expositivo, onde foi aproveitado o seu espaço amplo e pé direito elevado ao atual conceito de espaço experimental para a criação artística. Este espaço corresponde às necessidades e exigências das residências artísticas, já que as mesmas respondem a determinadas especificidades espaciais, funcionais e técnicas, as quais permitem aos artistas/criadores (nas suas múltiplas facetas) uma apropriação do edifício como bem o entenderem.

A área/zona das residências artísticas surge como um espaço polivalente e como uma antecâmara de entrada neste Centro de Artes, onde a ocupação do espaço em residências artísticas, pretende incentivar e fomentar a troca de experiências e conhecimento entre os artistas e a comunidade local, fomentando o desenvolvimento social, para além de projetar ou estabelecer relações entre as artes e a cultural local. Este espaço responde a uma das questões estruturantes ao nível da estratégia deste equipamento cultural: a formação, uma vez que permite que o público possa interagir com o processo criativo, e antever as actividades que poderá proporcionar o Centro.

As Residências Artísticas inserem-se na programação cultural desenvolvida pelo ARQUIPÉLAGO completando outros projetos e atividades exercidas no Centro, tal como as exposições temporários e serviços educativos que poderão decorrer no edifício C destinado a qualquer tipo de projeto artístico. Na Blackbox ou Serviço Educativo os projetos criativos apresentados têm de a ser analisados.

 

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

O espaço pensado apenas para as Residências Artísticas possui as seguintes características:

  • Área Total: 330.98 m2 (espaço C.0.03 – 178.46 m2; espaço C.O.O2 – 152.52 m2);
  • Medidas – espaço C.O.O3 : 19.28 m x 9.37 m; espaço C.0.02: 12.19 m x 10.44 m);
  • Pé-direito – 6.74 m (até à trave horizontal) – 9.51 m (até ao ponto mais alto da cobertura inclinada)
  • O pavimento é composto por: calhas técnicas com 3 caixas técnicas, sendo que cada uma tem 3 tomadas e 2 pontos de rede.
  • Ao longo da parede existem no total 7 tomadas, sendo que 2 delas ficam por cima de uma bancada com tampo revestido a inox, com pia e um ponto de água;
  • As questões técnicas do espaço e equipamento elétrico a utilizar, deverão ser sempre discutidas com a produção e com responsável pelo edifício e equipamentos.

 

BLACKBOX

Sala para projetos artísticos e culturais específicos.

O funcionamento da Blackbox está sob a responsabilidade do Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, através da equipa de Produção, da equipa de Audiovisual e Multimédia, do responsável pelo Edifício e Equipamentos, com a parceria da equipa técnica do Teatro Micaelense.

 

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

A sala de espectáculos situa-se numa zona central em relação ao foyer e entrada de artistas e técnicos, existindo dois camarins coletivos (capacidade para 8 artistas cada) nos pisos 1 e 2, e dois espaços de usufruto dos artistas, tendo um deles um terraço onde estes podem confraternizar e descontrair, antes e após a entrada de cena.

A Blackbox apresenta uma tipologia que dilui a fronteira entre o espetador/observador e o artista, colocando-os no mesmo espaço, questionando a fronteira clássica de palco/plateia. Por outro lado a sua forma arquitetónica aberta para o pátio central acentua a sua vocação quase que de “multiusos”, aproximando-o mais da ideia de um espaço vivencial do que de um espaço de “ficção” (característica convencional de espaço teatral). Este é um espaço que procura atenuar as fronteiras entre a criação artística e o quotidiano do espaço coletivo e flexibilidade na sua configuração, de modo a responder à polivalência, que por exemplo as artes performativas hoje exigem, capaz de produzir espaços distintos conforme as solicitações funcionais.

A morfologia desta estrutura consiste numa disposição rectangular em planta, integrando no seu interior dois pisos, correspondendo ao passadiço metálico e falsa teia. A localização do palco não está pré-definida, tal como a disposição dos lugares para o público apresenta uma grande flexibilidade, prevendo-se a utilização de cadeiras montadas sobre praticáveis móveis manuais, que permitem várias combinações e diferentes formas de organização do espaço. Este espaço modulável adapta-se em função de cada espectáculo, através da combinação e adição de equipamentos móveis localizados no chão e no teto com possibilidade de montagem e desmontagens fáceis.

 

CONFIGURAÇÕES CÉNICAS

  • Área – 263 m2;
  • Medidas – 18.32 m x 13.98 m;
  • Altura do teto técnico – 4.35 m (com as quarteladas ao mesmo nível da cota de entrada), 5.35 m (com as quarteladas descidas ao máximo).

 

MAQUINARIA DE CENA

  • 36 quarteladas de 2×2 m com sistema de elevação de 20 em 20 cm até 100 cm de altura;
  • 9 quarteladas de 2×4 m com sistema de elevação de 20 em 20 cm até 100cm de altura;
  • 68 praticáveis 2×1 cm com regulação de 20 em 20 cm até 100 cm de altura;
  • 45 varas contrapesadas que cobrem toda a área do espaço (263 m2), que suspendem o equipamento que dará forma a diferentes cenários temáticos (rack de dimmer para colocação de projetores, tela, ciclorama, cortina de cena, cenários, etc.)