O Centro de Artes Contemporâneas dos Açores
Lusa
22-04-2015Ponta Delgada, Portugal 22/04/2015 17:07 (LUSA)
Temas: Artes, Cultura e Entretenimento, Cultura (geral)
Ponta Delgada, Açores, 22 abr (Lusa) – O Centro de Artes Contemporâneas dos Açores, inaugurado a 29 de março, recebeu cerca de 280 visitantes nacionais e estrangeiros nas primeiras duas semanas de abertura ao público, revelou hoje a direção do Arquipélago.
“O Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, sediado na ilha de S. Miguel, na cidade da Ribeira Grande, recebeu desde a sua abertura e até 17 de abril cerca de 280 visitantes”, disse à agência Lusa a direção do centro, acrescentando que além de açorianos e continentais, também passaram pela antiga fábrica do álcool alemães, brasileiros, espanhóis e polacos, entre outras nacionalidades.
O edifício do Arquipélago, com uma área útil de seis mil metros quadrados, teve obras de reabilitação orçadas em 13 milhões de euros, o que lhe valeu uma nomeação para o Prémio de Arquitetura Contemporânea da União Europeia Mies van der Rohe 2015.
“Estes números demonstram a presença de um público específico nas áreas das artes contemporâneas, das artes performativas e da arquitetura, entre eles artistas, professores, estudantes e até mesmo responsáveis por departamentos de belas-artes e de arquitetura de várias escolas do país”, considera a direção do centro.
Durante o primeiro mês de atividade, dedicado à temática do “re-habitar” o espaço, o edifício está aberto a quem o quiser visitar. Assim, têm decorrido visitas guiadas ao imóvel, que contemplam uma explicação sobre o projeto arquitetónico e sobre as valências deste novo equipamento cultural e artístico nos Açores.
A primeira exposição do Arquipélago está prevista para maio, mês em que a temática passa pelo “re-encontrar” e onde serão dadas a conhecer ao público peças associadas ao Espírito Santo, por ser um “elemento aglutinador na região”.
“Para este momento foi estabelecida uma parceria com a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), tendo sido convidado João Silvério para realizar a curadoria desta exposição”, lembra a direção do Arquipélago, acrescentando que “os conceitos a serem trabalhados são a identidade, o lugar e a multiculturalidade”.
O Centro de Artes Contemporâneas funciona de terça-feira a domingo, das 10 às 18 horas locais (mais uma hora no continente), sem interrupções para almoço, sendo a entrada gratuita.
O orçamento anual do Arquipélago é cerca de um milhão de euros.
O centro vai ter espaço de exposição, mas este é um projeto dedicado às artes contemporâneas nas suas diversas disciplinas, havendo uma aposta nas residências artísticas, sublinhou a diretora do Arquipélago, Fátima Marques Pereira, no dia da inauguração.
A pré-programação do centro, entre maio e o final do ano, tem um tema definido para cada mês e inclui, para além da exposição de maio, residências artísticas, cursos, espetáculos musicais, um ciclo de cinema e encontros internacionais de arte contemporânea e arquitetura, entre outras iniciativas.
A segunda exposição está prevista para setembro, com a Coleção António Cachola (Elvas), que terá como curador Sérgio Mah.
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