Fuso Insular

29 e 30 out. 2022

FUSO INSULAR

29 e 30 out. 2022

18h30

Blackbox

Entrada livre, lotação limitada

 

 

PROGRAMA

29 out. (sábado)

18h30 | Laboratório Imagem em Movimento. 

Com organização de | André Laranjinha e Rachel Korman

 

30 out. (domingo)

18h30 | Ciclo de Cinema de Autor – Sessão dupla com os filmes ‘Nada É’ (2014) e estreia do novo filme ‘Agapanto Sísmico’ (2022), de Yuri Firmeza

Artista convidado | Yuri Firmeza

 

O Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas volta a receber o FUSO INSULAR nos dias 29 e 30 de outubro, com sessões às 18h30.

No dia 29 (sábado) serão apresentados os vídeos dos oito artistas açorianos que participaram do Laboratório Imagem em Movimento, programa de residência criativa do FUSO INSULAR, que aconteceu durante o verão na ilha de São Miguel.

Entre os meses de julho e setembro, António Braga, Cristiana Branquinho, Filipe Freitas, Gabriela Oliveira, Inês Vieira, John Tokumei, Laura Brasil e Marco Machado tiveram a oportunidade de aprofundar os seus conhecimentos sobre a história do cinema e da videoarte e criar os seus próprios filmes, sob orientação dos artistas Yuri Firmeza e André Laranjinha. As inquietações emocionais, a sensação de (não)pertença, a crescente ocupação do território açoriano e o uso da tecnologia disponível nos meios digitais misturam-se em experimentações visuais e sonoras, que fazem desta sessão um verdadeiro tubo de ensaio.

 

No dia 30 de outubro, último dia do Fuso Insular, é apresentado o Ciclo de Cinema de Autor. Este ano o artista convidado é Yuri Firmeza, cuja obra testa as fronteiras entre a ficção, o possível e o real. Serão apresentados dois filmes do realizador: Nada É (2014) e Agapanto Sísmico (2022).

 

Agapanto Sísmico foi filmado durante a residência artística de Firmeza na ilha de São Miguel e tem estreia absoluta no Ciclo de Cinema de Autor.  Tendo como ponto de partida um festejo popular – as tradicionais Cavalhadas de São Pedro – Firmeza propõe uma ficção especulativa sobre a relação entre este santo padroeiro, um desastre natural (a imagem de São Pedro e a igreja a que deu o nome saíram ilesas da erupção vulcânica ocorrida no Pico do Sapateiro no século XVI), o passado colonial, a religiosidade e a (re)encenação das cavalhadas para o tempo presente. 

Nada É (2014), foi rodado em Alcântara (MA), cidade no norte do Brasil marcada pela presença açoriana. Nada É foi buscar o seu título ao que uma habitante de Alcântara disse ao realizador: aqui nada é – tudo foi ou será. No século XIX, a elite local construiu palacetes aguardando a visita do imperador D. Pedro II, que prometeu, mas nunca foi à cidade. Com o tempo, os palácios tornaram-se ruínas. O passado, o que foi. O que será é o futuro. 

Alcântara abriga uma base de lançamento de foguetões para o espaço. Yuri Firmeza tudo mistura. As ruínas, os foguetões e a Festa do Divino Espírito Santo, durante a qual é coroado o imperador-menino, evocando D. Pedro e a sua corte. Alcântara albergou várias gerações de Quilombolas (comunidades de escravos negros que resistiram ao regime esclavagista) que são filmadas por Firmeza a cantar e dançar, na solenidade do culto e da corte simulada.

 

O Fuso Insular é um projeto da DuplaCena e da Horta Seca Associação Cultural, com financiamento do Governo Regional dos Açores, Governo da República / Dgartes, ICA, Câmara Municipal de Ponta Delgada e Câmara Municipal da Ribeira Grande.

Coprodução|  Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas

Parcerias|  Museu Carlos Machado, Museu Angra do Heroísmo, Museu Francisco de Lacerda

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