Da Nova Arte de Fazer Ruínas

Apresentação pública do projeto final da Residência Artística

4 de outubro 21h30

Da Nova Arte de Fazer Ruínas

Apresentação pública do projeto final da Residência Artística

 4 outubro | 21h30 | Blackbox 

Entrada Gratuita | Lotação limitada

Direção Artística/Coreografia: Beatriz Cantinho

Composição Musical/Eletrónica: Diogo Alvim

Composição Musical/Violoncelo+ Eletrónica: Ricardo Jacinto

Bailarinos: Filipe Pereira, Jacome Silva, Marta Cerqueira

Da Nova Arte de Fazer Ruínas é uma peça coreográfica de Beatriz Cantinho em colaboração com o compositor Diogo Alvim e o compositor e artista plástico Ricardo Jacinto. A interpretação de movimento é de Filipe Pereira, Jácome Silva e Marta Cerqueira. A interpretação musical é de Diogo Alvim e de Ricardo Jacinto.

A peça Da Nova Arte de Fazer Ruínas, aborda o tema da ruína, explorando e desenvolvendo processos de composição de movimento e de som, articulados com o espaço arquitectónico, nas suas dimensões física e cultural.

Mais do que uma representação metafórica ou imagética da ruína, o projecto experimenta, através da abstracção e translação para a composição coreográfica (e musical), diferentes premissas associadas à ideia de ruína; erosão, repetição, fragmentação, acumulação, recuperação, destruição e reconstrução.

SINOPSE

Mais do que uma representação metafórica ou imagética da ruína, o projecto Da Nova Arte de Fazer Ruínas, pretende experimentar a abstração e translação das diferentes premissas associadas a um movimento de arruinamento e resiliência – erosão, repetição, fragmentação, acumulação, recuperação, destruição e reconstrução – na composição coreográfica e musical.
Da Nova Arte de fazer Ruínas é inspirado no documentário Havana – “A Nova Arte de Fazer Ruínas”, de Florian Borchmeyer e Matthias Hentscheler, que apresenta uma vivência singular das suas ruínas pelos seus habitantes.
Havana é uma cidade que viveu nos últimos anos uma decadência económica, resultante do seu isolamento político e que se encontra espelhado na degradação do seu edificado. No entanto, os seus habitantes continuam a ocupar estes edifícios de múltiplas formas, reveladoras de uma grande capacidade de resiliência. A narrativa melancólica, construída em torno desta vivência, traduz uma dimensão afectiva e política do corpo num espaço e tempo de memória, evocando uma possível ‘ruína do mundo’.

Beatriz Cantinho

A realizar Pós-doutoramento, enquadrado no CIAC-Universidade do Algarve e no programa Performance Arts Practice and Visual Culture organizado pelo grupo ARTEA, parceria da Universidade Castilha-La-Mancha e o Museu Rainha Sofia de Madrid. Professora no Departamento de artes cénicas da Universidade de Évora (movimento e composição) de 2013 a 2016. Doutorada em Dança/Filosofia pelo Colégio de Artes de Edimburgo, Universidade de Edimburgo. Visiting Scholar na NYU/TISCH (2010/11), Departamentos de Performance e Cinema. Mestre em Filosofia/Estética pela U.N.L sob orientação do filósofo José Gil.

Licenciada em Dança pela E.S.D. Estágios profissionais: Companhia Royal de Luxe e Teatro Noh no Kyoto Art Center. Desde 1997 que desenvolve trabalho coreográfico de sua autoria (“Parde2”, “Scch…um ensaio sobre o silêncio”, “Peça Veloz Corpo Volátil”, singularity) e em Teatro, Artes Plásticas, Cinema, Artes Digitais em colaboração com outros artistas (Herwig Turk,Valério Romão, Ricardo Jacinto, Vangelis Lymporidis, Shiori Usui, C. Spencer Yeah, Mariza Dima). O seu trabalho artístico tem sido apresentado tanto em Portugal (CCB, Serralves, MNAC, Acarte) como no estrangeiro (França: Guillotine gallery; U.K: SARC, DanceBase, Blue Elephante Theatre; Alemanha: Festival Transmedial 07, TESLA; Áustria, MAK, UNIKUM). Investigação artística publicada: Neues Museum Weserburg Bremen, Alemanha; Journal of Theatre and Performing Arts, UK. European Alternatives, EU; Palgrave Mcmillan, UK.

Diogo Alvim

Diogo Alvim (Lisboa, 1979). Estudou Arquitectura (FAUTL 2004) e Composição (ESML, Licenciatura 2009, Mestrado 2011) em Lisboa e terminou em 2016 o doutoramento em Composição/ Artes Sonoras no SARC (Sonic Arts Research Center), Queen’s University Belfast, com bolsa da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. A sua investigação explorou diferentes relações entre música e arquitectura. Apresentou trabalhos na área da música instrumental, electroacústica e mista, em vários eventos, de onde se destaca: 6º e 7º Workshop da Orquestra Gulbenkian para Jovens Compositores, o Festival Música Portuguesa Hoje, no CCB em Lisboa (2008); Tribuna Internacional de Compositores (Unesco) em Paris, 2009, Festival Synthèse 2009, em Bourges; Prémio Jovens Músicos 2009 (encomenda da Antena 2/ RTP); Festival Música Viva 2013 (Miso Music); ICMC2012 (Lubliana); Notation in Contemporary Music (Goldsmiths University, Londres, 2013); Ibrasotope#60 (São Paulo) e Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (2014), Invisible Places/ Sounding Cities 2014 (Viseu); Belfast Festival 2014 (com Matilde Meireles); Sonorities Festival 2015 (com o Royal String Quartet), e Old School#38 (com Matilde Meireles, Lisboa, 2015). Tem desenvolvido colaborações com artistas plásticos e de som, coreógrafos e encenadores, entre os quais Ricardo Jacinto, Inês Botelho e Tânia Carvalho.

Ricardo Jacinto

Frequenta o Doutoramento no Sonic Arts Research Center/Belfast. Desde 1998 tem apresentado o seu trabalho em exposições, concertos e performances em Portugal e no estrangeiro. Formação em Escultura – curso avançado de artes plásticas, AR.CO. Licenciado em arquitectura- FAUTL. Frequentou School of Visual Arts, Nova Iorque, Hot Clube de Portugal e Academia de Amadores de Música. Colabora frequentemente com artistas plásticos, coreógrafos, músicos e performers. Como músico/artista plástico centra-se na relação entre som e espaço. Apresentações: CCB, Círculo de Belas Artes de Madrid, MUDAM_Luxemburgo, Centre Culturel Gulbenkian_Paris, MANIFESTA 08_Bienal Europeia de Arte Contemporânea em Itália, Frac Loraine-Metz, OK CENTRE_Austria, CHIADO 8_Culturgest_Lisboa e Casa da Música no Porto, Bienal de Arquitectura de Veneza 2006. Festival VERBO Galeria Vermelho_São Paulo, Festival Temps d´Images_Lisboa, Culturgest_Porto e Lisboa, ZDB_Lisboa, Dance Base_Edimburgo, Kabinett 0047_Oslo_Noruega, Fundação Calouste Gulbenkian, entre outros. Professor de Artes Sonoras, na ESAD e Departamento de Ciências e Tecnologias do Som, Universidade Lusófona.

Como violoncelista, na área da música improvisada, colaborou com vários músicos e formações (Nuno Torres, David Maranha, Pedro Rebelo, Franziska Shroeder, Gabriel Ferrandini, Hernani Faustino, Rodrigo Pinheiro, Ernesto Rodrigues, Ricardo Guerreiro, C Spencer Yeh, Travassos, Shiori Usui, Manuel Mota, Variable Geometry Orchestra, PinkDraft, Cacto).

Marta Cerqueira

Bailarina profissional desde 2001. Formação em dança clássica e moderna na Escola de Dança do CNL. Diplomada como bailarina profissional pelo CNL. Prossegue estudos em escolas e estúdios de dança em Nova Iorque, Berlim e Lisboa onde completou o Curso de Coreografia da Fundação Calouste Gulbenkian PGCCA. Fez parte dos projetos multidisciplinares COLINA04(PT), Point to Pointe Program, 4th Asia- Europe Dance Forum/06(PL). Interpretou e por vezes co-criou com os seguintes coreógrafos e encenadores: Anke Blonde, Clara Andermatt, Errol White, Giacomo Scalisi, John Mowat, Luís Guerra, Manon Oligny, Maria Ramos, Miguel Moreira, Paulo Ribeiro, Peter Michael Dietz, Sofia Neuparth, Tânia Carvalho entre outros. Destaca o trabalho em colaboração com Sofia Dias & Vítor Roriz, Kamila Chomicz, Luís da Matta Almeida/Zeppelin Filmes, Alexandre Farto/Vhils, na performance dirigida pela artista visual brasileira Adriana Barreto – Extensões do Corpo e assistência no projeto Prisão, de Marlene Monteiro Freitas. Espetáculos apresentados em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Grécia, Líbano, Suécia, Noruega, Finlândia, Escócia, Canadá, Argentina e Brasil em festivais internacionais: Festival Uzès Dans, França; Festival Epidaurus, Atenas; Festival Julidans, Amsterdão; CDC-Festival International Danse Contemporaine, Toulouse e FIAC – Festival Internacional de Artes Cénicas, Salvador da Bahia.

Recentemente criou VENTO, escultura cinética e sonora desenvolvida em parceria com o músico Simão Costa.

Jacôme Filipe

Iniciou a prática de dança clássica com os professores Norma Kronner, Isabel Coelho e Mark DeGraef e de dança moderna com a professora Isabel de Sousa. Licenciado pela Escola Superior de Dança no ramo de espetáculo, onde também completou o ano curricular do mestrado em Metodologias de Ensino na Dança.

Frequenta atualmente o mestrado de Artes Cénicas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, tendo finalizado o primeiro ano. Como bailarino profissional trabalhou com Diniz Sanchez, Jiska Morghenthal, Francisco Pedro, Beatriz Cantinho, Ricardo Jacinto, Companhia Instável(Jamie Watton e Bruno Listopad), Pedro Carvalho, Companhia Dança; Arte, Ballet Gulbenkian, Ballet Actuel, Bruno Listopad, Companhia de Dança de Setúbal, Jasmine Morand e Arina Johansen, Connie Jansen Danst, Companhia Rui Lopes Graça, Tânia Carvalho, Sofia Neuparth, José Laginha, Sofia Silva, Amálgama Companhia de Dança, Companhia Olga Roriz, Sylvia Reijmer, Aldara Bizarro, Marlene Freitas, Rafaela Salvador, Luis Guerra, Companhia Paulo Ribeiro, Filipa Francisco. Lecionou no Centro Em Movimento, Espaço Devir, Estúdio Marta Atayde, Fórum Dança, Conservatório Nacional como professor substituto, Dança Livre, Aecs Bucelas, Quórum Ballet Academy, Amalgama Companhia de Dança, Espaço do Tempo, Companhia Olga Roriz, Dance etc, Pro Dança, Escola Eva Vieira de Almeida, Klassic e Escola Superior de Dança.

Filipe Pereira

Filipe Pereira (Leiria, 1986) é licenciado em dança pela Escola Superior de Dança do Instituto Politécnico de Lisboa. Em 2012 concluiu o Programa de Estudo, Pesquisa e Criação Coreográfica ministrado pelo Fórum Dança, durante o qual tem formação com Meg Stuart, Francisco Camacho, Loïc Touzé, Jennifer Lacey, Madalena Victorino, Jeremy Nelson, João Fiadeiro, Miguel Pereira, Vera Mantero, K. J. Holmes, Mark Tompkins, Patrícia Portela, entre outros. É neste programa que cria o solo É grande mas fica-te bem e I’m a bush in the middle of the forest, em colaboração com Aleksandra Osowicz. Trabalhou como intérprete com João dos Santos Martins em Projeto continuado (2015), com Sofia Dias & Vítor Roriz em O mesmo mas ligeiramente diferente e Fora de qualquer presente, com Martine Pisani em Rien n´est établi, com Inês Jacques em Liars, com a Trisha Brown Dance Company em Planes e Floor of the Forest, com Félix Ruckert em Ring, com Tiago Guedes em Matrioska e com Tânia Carvalho em Icosahedron. Em 2012, cria em colaboração com Aleksandra Osowicz, Helena Ramírez, Inês Campos e Matthieu Ehrlacher a peça HALE-estudo para um organismo artificial, e em 2013 co-cria com Teresa Silva as peças Letting Nature take over us again e O que fica do que passa.

Suse Ribeiro

Técnica de som. Colaborou nos últimos anos com instituições nacionais e internacionais: Casa da Música, Serralves, Rivoli, Coliseu do Porto, Teatro do Campo Alegre, Coliseu dos Recreios, CCB, Athens Concert Hall, Centre Pompidou, IRCAM. Colaborou com estruturas artísticas: Companhia Olga Roriz, O Bando, Círculo Portuense de ópera, Sintra Estúdio de ópera, As Boas Raparigas.Técnica de live sound com artistas como: Dulce Pontes, Tito Paris, Os Corvos, Carminho, António Zambujo, Mandrágora, Oquestrada, Trama.

Tem vindo a trabalhar em projetos de espacialização sonora e interatividade musical. Técnica de gravação em várias orquestras ao longo dos últimos anos, trabalhando com maestros e compositores de reconhecido mérito internacional. Sonoplastia para Cinema e Teatro com profissionais de reconhecido mérito internacional na área do áudio e multimédia. Na área do broadcast colaborou com a RTP em concertos e gravações com Orquestras Sinfônicas. Foi Diretora Técnica da Orquestra Ligeira do Exército (2010-2012).

Concluiu o Curso livre de Orquestração¸ da Esmae. Estudou Percussão na Escola Superior de Música de Lisboa. É Mestre em Multimédia (Música Interactiva e Design de Som) pela FEUP, licenciou-se na ESMAE em Produção e Tecnologias da Música. E´ docente no Ensino Superior desde 2007 e diretora do Festival de Cinema EFF. Tem desenvolvido trabalho na área da difusão multicanal, recorrendo a programação eletrónica e a técnica ambisonics.

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