DE NATURA MARIS

Urbano

14 out. 2023 - 31 mar. 2024

Exposição

DE NATURA MARIS

Urbano

14 out. 2023 – 24 fev. 2024 

Inauguração | 14 out. – 17h

Há datas redondas que importam celebrar: há 40 anos Urbano (São Miguel, 1959) fazia, nesta ilha, a sua primeira exposição individual e, hoje, esta é a sua 50ª exposição. Mas, mais que efemérides, o que interessa comemorar é a pujança e a urgência com que o artista ainda hoje continua a pintar e, é, por isso, que em vez de uma exposição retrospetiva o que fizemos foi desafiá-lo a desenvolver um novo corpo de trabalho.

Como o presente é feito desses passados, pontuamos a exposição com trabalhos mais antigos, na sua maioria nunca vistos na ilha ou que serão expostos pela primeira vez, para depois entrarmos nas novas produções e voltarmos à surpresa da grande escala, tão familiar ao artista.

A exposição alarga ainda o léxico do artista, ou do pintor se quisermos ser mais precisos, e demonstra que essa sua prática da pintura é atravessada pelo desenho, gravura, cerâmica, livro e pintura tridimensional.

O percurso inicia-se numa pintura que facilmente associaremos às origens, ao universo e navega depois entre os temas fundadores da obra de Urbano: arte – vida, vida – morte, fauna – flora, natureza – humano, crença – pertença. Estas indicações não são, contudo, dicotómicas: obra e vida são bem mais complexas que a simples oposição entre duas coisas.

E depois, ao fundo, teremos sempre o mar!

_ João Mourão | Curador

 

Biografia

URBANO. João Urbano Melo Resendes nasceu na Ilha de São Miguel, Açores, em 1959. Em 1995 desenhou o cartaz, programa, cenários, figurinos e caracterização para O Avarento de Molière, da Trupe da Universidade dos Açores (TRUNAC). Estudou gravura com Bartolomeu Cid dos Santos, Stanley Jones, Peter Daglish e Bruce McLean na Slade School of Fine Art, Londres, 1995/7. Em 1997 integrou com Emma Wood, Charlotte Cornish, James Wong e Jun Shirasu a equipa de Bartolomeu Cid dos Santos do projecto em pedra gravada para o Museu de Macau realizado na Morelena/Sintra. Em 1998 participou no Kaleidoscope Program: The Royal University College of Fine Arts, Estocolmo e Tavira Print Workshop. Desde 1997 é representado pela Galeria 111, Lisboa. Desde 2000 colabora com a Galeria Fonseca Macedo, Arte Contemporânea, Ponta Delgada. Em 1998 decorou a Capela do Hospital do Divino Espírito Santo, Ponta Delgada, Açores. Em 2006 realizou a obra Ruídos da Luz para a EDA – Electricidade dos Açores S.A., Ponta Delgada. Em 2014 realizou a obra Pietá para integrar a Via Sacra da Sé Catedral de Angra do Heroísmo, Açores. Em 2015 foi-lhe atribuída a Insígnia Autonómica de Reconhecimento pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores. Em 2016 a convite de José Luís Porfírio recriou as instalações Penetrável e Mar de Lama para a Exposição Retrospectiva de José Nuno da Câmara Pereira, Um Sísifo Feliz no Arquipélago, Centro de Artes Contemporâneas. Realizou as obras: Animalia, Vegetalia, Mineralia (painel em pedra gravada) para o Núcleo de Santo André do Museu Carlos Machado, e Sicut Aurora Scientia Lucet para as comemorações do Quadragésimo Aniversário da Universidade dos Açores. Em 2017 realizou duas obras para o Grupo Marques, e, em 2019 quatro para o Hotel Verde Mar, Ribeira Grande. Participou em 2021 no projecto MOSEO Artwear, de Ana Cristina Baptista, com Fátima Mendonça, Gracinda Candeias, Sofia Areal e José de Guimarães. Vive e trabalha no Porto e nos Açores.

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