Quatro Quatro

Exposição de continuidade

Quatro Quatro

11 jul 2021 – 27 fev 2022

Quatro Quatro é um projeto de continuidade que pretende mapear a comunidade artística residente nos Açores, com especial incidência em São Miguel.

Abrimos os espaços das células como espaços de criação, experimentação, residência e exposição e selecionámos os primeiros 4 artistas tendo em conta práticas múltiplas e gerações diversas. A partir desta primeira seleção serão os artistas a fazer as escolhas seguintes, cada um deles convidará o artista seguinte, e assim sucessivamente, em grupos de quatro, até atingirmos os 20 artistas.

A construção desta exposição ganha assim contornos não apenas artísticos, mas também relacionais, num mapeamento que se quer também ele de afetos.

Coordenação do projeto | Diogo Aguiar

Os Artistas

1.ª Fase

Gregory Le Lay
Gregory Le Lay nasceu em Toulon, França em 1977. Em 2017, muda-se para São Miguel e no ano seguinte cria a galeria “brui”,  um espaço onde desenvolve o seu trabalho e convida artistas para exposições pontuais e organiza workshops.
Trabalha primariamente com a imagem, desenho e som, recentemente tem desenvolvido ambientes e performances sonoras.
Dentro da imagem explora variadas técnicas de impressão como a serigrafia e a gravura, desenvolvendo em simultâneo algum trabalho de publicação. Gregory deliberadamente deixa a sua forma multifacetada de trabalho fluir em processos de coerência incerta, onde a sua linguagem nos conduz através do reino animal, da flora, da geologia, e da natureza como organismo complexo, como uma sensível e incompreendida forma de perspetivarmos o mundo.

Susana Aleixo Lopes
Susana Aleixo Lopes nasceu em Ponta Delgada, em 1987. É formada em Escultura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Desenvolve e centra o seu trabalho na área da escultura e instalação. A artista implementa a vivência, a experiência e a intuição no seu processo criativo. Está constantemente à procura de novos estímulos, sejam interiores ou exteriores, que integra no seu desenvolvimento pessoal e profissional. De forma geral, Lopes abrange um linguagem poética, aprofundando os estados emocionais que levam ao uso de “máscaras sociais”, procurando entender com esse turbilhão emocional o comportamento social e preceptivo das pessoas.

Paula Mota
Paula Mota nasceu na cidade do Porto, em 1965. Licenciou-se em Artes Plásticas – Pintura, pela Escola Superior de Belas Artes do Porto. Chegou a São Miguel no início da década de 90. É uma referência incontornável no contexto da geração de jovens criadores que imprimiu uma nova dinâmica nas artes visuais no arquipélago dos Açores. O seu percurso artístico é marcado pela pela originalidade e espírito crítico, cujo foco principal é a Mulher. Utiliza meios técnicos como a colagem para manipular os mecanismos de sedução utilizados pelas imagens comerciais, identificando-os como fornecedores de memória.

Xavier Ramos
Xavier Ramos nasceu em 2000 na ilha de São Miguel. Trabalha a atualidade através de composições surrealistas “pop” onde cruza ícones atuais e históricos com notícias/acontecimentos da sociedade media do século XXI. As suas composições são leituras satíricas das práticas políticas, religiosas e sociais da atualidade, especialmente centradas nos Açores. O seu trabalho poderá ter uma leitura queer, ativista e reivindicativa, mas um mundo que se quer livre assim o exige.

2.ª Fase

Mariana Sales Teixeira
Mariana Sales Teixeira nasceu em Maputo, Moçambique, em 1990 . Em 1995 chega à ilha de São Miguel. É licenciada em Artes Plásticas – Escultura, e Mestre em Desenho e Técnicas de Impressão pela FBAUP. O seu percurso artístico, de cariz autobiográfico e relacional, explora a disciplina multi e transversal do desenho enquanto ferramenta de busca e autoconhecimento. Nas suas instalações, cenografias ou livros de artista utiliza a gravura, a cerâmica, a fotografia ou até mesmo a jardinagem. Atualmente, vive e trabalha entre a ilha e o Continente. Cofundadora da OCO – Oficina de Criação e Ócio, no Porto.

Miguel Cipriano
Miguel Cipriano nasceu em Ponta Delgada em 1986. Na sua biografia relata-nos que “sai de jato e desde então é assim que me movimento, tanto com o corpo como com a mente e, talvez por isso, de vez em quando meto as mãos pelos pés e vice versa”. As suas ações partem da pintura como ferramenta de representação do social, do acidental, e do seu “eu” (autorretratos). Diz que se tornou artista “porque via o pai pintar”.

Nina Medeiros
Nina Medeiros nasceu em Ponta Delgada em 1963. Em 1988 concluiu a licenciatura em Artes Plásticas/Pintura no Montserrat College of Art, Massachusetts, e em Art Education na Universidade de Massachusetts – Dartmouth regressando a São Miguel em 1991. Expõe regularmente desde 1992.
Com formação académica em Pintura, é nessa expressão artística que inicia a carreira. Evidente característica do processo evolutivo da artista é, desde cedo, uma quase rutura sequencial entre projetos desenvolvidos. Nestas destacam-se a gravura ou, mais recentemente, a fotografia e a videoarte, que assumiram protagonismo na sua produção artística. A obra de Nina Medeiros caracteriza-se, pois, pelo ecletismo, multidisciplinaridade e risco consciente demonstrados na abrangência de técnicas, materiais e abordagens.

4.ª Fase

André Almeida e Sousa

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