Ricardo Jacinto
O Parlamento de Caríbdis IV

Encontros Sonoros Atlânticos

27 jul. 2022

Encontros Sonoros Atlânticos

Ricardo Jacinto

O Parlamento de Caríbdis IV

27 jul. 2022

19h30

Blackbox

Entrada livre | lotação limitada

Este espetáculo, definido pelo seu criador como um ‘concerto-instalação para violoncelo, eletrónica, objetos ressonantes e sistema de difusão ‘multi-canal’, é o resultado de um desafio por parte dos Encontros 2022 ao artista Ricardo Jacinto, conhecido pelo seu percurso multidisciplinar. Segundo o seu autor, trata-se de ‘um projeto de música e instalação que teve início em 2021 e chega agora à sua quarta iteração. Resgatando a imagem de Caríbdis (figura mitológica cuja força tormentosa e ameaçadora, na figura de um turbilhão marítimo, engolia tudo o que dela se aproximasse) este parlamento constitui-se enquanto território poético que se dedica a explorar as forças de construção e destruição inerentes a lugares de interação coletiva. Esta apresentação dá continuidade a uma narrativa de múltiplas ressonâncias e desdobramentos formais e conceptuais. Iniciado com um voo sobre a ruína de uma eira (espaço ancestral de trabalho e encontro comunitário), o Parlamento de Caríbdis convoca agora a potência da insularidade para o desenho sonoro e espacial deste concerto-instalação.

Ricardo Jacinto
Músico, artista visual e arquiteto com pesquisa artística e académica focada nas relações entre som, improvisação e território em práticas transdisciplinares. É membro fundador e diretor artístico do coletivo OSSO e é doutorado pelo Sonic Arts Research Centre, Queens University Belfast. Desde 1998 tem apresentado o seu trabalho em exposições individuais e coletivas, concertos e performances em Portugal, Europa e Brasil.
Com um vasto interesse em processos colaborativos, desenvolveu inúmeros projetos com outros artistas, músicos, arquitetos e performers. Promoveu, dirigiu e apoiou o desenvolvimento de projetos de criação coletiva como são exemplos do PARQUE (2001-2015) ou INVASOR ABSTRACTO (2019-22).
Foi coorganizador de projetos de programação como ECOS: Escuta e Lugar (2013-14) ou EIRA: plataforma radio para residências artísticas (2020). A sua música foi editada pela Clean Feed, Shhpuma Records e Creative Sources, e as suas instalações estão presentes em várias coleções nacionais. Co representou Portugal na 10ª Bienal de Arquitectura de Veneza 2006 e o seu trabalho foi apresentado em espaços como Culturgest_Lisboa, Fundação de Serralves_Porto, Fundação Calouste Gulbenkian_Lisboa e Paris, Palais de Tokyo_Paris, Mudam_Luxembourg, Teatro Maria Matos_Lisboa, Museu Vostell_Cáceres, Casa da Música, CCB, Manifesta 07_Roveretto, Galeria Vermelho_São Paulo, Frac Loraine_Metz, OK CENTRE_Linz, entre outros.

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