Concerto FILHO DA MÃE
19 mai | 21h30CONCERTO
FILHO DA MÃE
Rui Carvalho
19 maio 2018
21h30 | Blackbox
O novo álbum “Água-má” de “Filho da mãe”, projeto do músico Rui Carvalho, chega ao Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas dia 19 de maio, num concerto na Blackbox.
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BILHETEIRA
Ingresso | 5 euros
Bilhetes à venda na receção do Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, de terça a domingo, das 10h00 às 18h00. No dia do evento, a bilheteira reabre às 20h30.
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“Nos discos de Filho da Mãe (Rui Carvalho) encontram-se histórias seguras e bem-definidas com realizações claras dos caminhos que resolve percorrer. O modo como afirma a sua guitarra e a linguagem que pratica nasce, contudo, de uma estranheza com os locais onde decide gravar. Foi assim desde o começo, com Palácio, disco gravado em casa do seu amigo, e companheiro de armas nos If Lucy Fell, Makoto Yagyu, depois em Cabeça, entre Montemor-O-Novo e o Gerês, ou quando foi para Amares resolver as ideias para Mergulho no Mosteiro de Santo André de Rendufe. Água-Má segue a tradição, num movimento entre Portugal Continental (Lisboa, no estúdio HAUS) e as ilhas madeirenses, onde esteve durante uma semana em residência no primeiro trimestre de 2018.
Água-Má é sinónimo de alforreca e os tentáculos do ser marinho talvez sirvam de analogia para o dedilhar na guitarra de Filho da Mãe, ou a transparência da criatura como uma referência aos jeitos límpidos e lúcidos das composições que aqui apresenta. É um álbum que começa na Praia, uma vertiginosa corrida de alguém que foge com todas as certezas, e termina em Casa, onde larga a guitarra e deixa Água-Má repousar num registo de tranquilidade em modo field recordings, ficando a sensação de caminho percorrido e dever cumprido.
A distância entre essa Praia e a Casa é o fulgor de Água-Má. Filho da Mãe ficciona lugares e situações narrados por alguém que sabe impor o seu próprio tempo e história. Depois de uma corrida para Praia, cai bem a calma, segurança e brandura de um Não Me Voltes Atrás; as incertezas de Não, Não Danço seguram a galopada de Nem Chuva, Nem Cães. E em cada canção ouve-se a respiração de Rui Carvalho, uma marcação do tempo e da proximidade com que quer que oiçamos as suas canções. É uma partilha do seu espaço íntimo com o do ouvinte, um refrão constante que acompanha as melodias da guitarra e se funde com os sons em redor, ouvidos em alguns temas, e que humanizam a estética singular de Filho da Mãe. Os locais onde Rui Carvalho grava constroem a história dos seus álbuns e os locais só ficam mais ricos por ouvirem as aventuras que neles viveu com a sua guitarra.” (André Santos)
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NOTA BIOGRÁFICA
Rui Carvalho é oriundo dos subúrbios de Sintra, de Queluz. É formado em Arqueologia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Especializa-se em Paleolítico e frequenta uma Pós-Graduação em Geoarquelogia na Faculdade de Ciências de Lisboa, durante, perde-se na e para a música, que começou cedo com a guitarra do Pai (Membro efémero de Filarmónica Fraude). As primeiras incursões com mais visibilidade nos palcos são com os If Lucy Fell, banda de noise pós-hardcore com tendências para a matemática desajeitada. Mais tarde, põe em prática, relutantemente, a guitarra a solo com Filho da Mãe e dedica-se, num salto, a isso exclusivamente. Estreou-se com “Palácio” (Rastilho Records- 2012) e seguiu-se um EP de sete polegadas a meias com Linda Martini. Em 2013 sai o segundo disco, “Cabeça” pela Cultura Fnac e Lovers & Lollypops. Entretanto colaborou ao vivo com músicos de Linda Martini, PAUS, com JIBÓIA, Norberto Lobo, Tó Trips e mais recentemente, num disco – “Tormenta”- a sair pela Revolv em 2016, com Ricardo Martins na bateria. Em 2016 ainda houve tempo para lançar “Mergulho” a solo, novamente com o apoio da Cultura Fnac e através da Lovers&Lollypops. Em 2018 volta aos lançamentos com ÁGUA-MÁ, depois de uma residência improvisada no Funchal, em que juntou à desorientação geográfica, própria das bússolas partidas, alguma poncha.