Exposição
PRAZER DO ESPÍRITO
E DO OLHAR
Paisagem e Viagem
em Arte Portuguesa
da Coleção Arquipélago
Projeto expositivo de itinerância - Museu Francisco de Lacerda
10 nov 2020 - 28 fev 2021PRAZER DO ESPÍRITO E DO OLHAR – Paisagem e Viagem em Arte Portuguesa da Coleção ARQUIPÉLAGO
Projeto expositivo de itinerância
Museu Francisco de Lacerda
Ilha de São Jorge
10 de novembro 2020 a 28 de fevereiro 2021
ARTISTAS| GIL HEITOR CORTESÃO, INÊS BOTELHO, JOÃO PEDRO VALE, JOÃO QUEIROZ, LUÍSA JACINTO, MARIA JOSÉ CAVACO, PEDRO VALDEZ CARDOSO, RUI CALÇADA BASTOS, SANDRA ROCHA
O ARQUIPÉLAGO – Centro de Artes Contemporâneas almeja, desde a sua criação e arranque das suas funções, extrapolar os limites físicos do local onde se encontra e fazer cumprir o significado que a sua designação institucional representa: espaço de criação e difusão das várias expressões da Arte Contemporânea para todos os açorianos que habitam as várias ilhas, enquanto cidadãos do mundo.
Foi com base nesta premissa que pensámos o presente projeto expositivo itinerante cujo princípio é o da acessibilidade, através da realização de uma itinerância que aproxime a cultura e a arte contemporâneas ao cidadão comum, que habita ou visita as ilhas deste arquipélago, por meio da divulgação de obras da coleção de arte contemporânea ARQUIPÉLAGO, constituída por iniciativa do Governo Regional dos Açores.
A itinerância ocorrerá em oito ilhas do Arquipélago dos Açores (todas, excepto São Miguel, onde está sediado o centro de artes), recorrendo à rede de infra-estruturas e capital humano da DRAC, por intermédio dos seus museus e bibliotecas públicas. Serão, assim, percorridas todas as ilhas do Arquipélago dos Açores.
Centrando o ARQUIPÉLAGO a sua ação, através do serviço de Museologia e Artes Visuais, na gestão da Coleção ARQUIPÉLAGO e na preparação de projetos expositivos, esta proposta consiste na promoção dos bens culturais móveis que integram o acervo deste Centro de Artes, uma das suas valências, contribuindo, dessa forma, para o desenvolvimento sustentável dos seus objetivos estratégicos. A exposição explora afinidades que relacionam distintos objetos de arte contemporânea, procurando um sentido bem circunscrito, que identifique e dê coerência à própria coleção, e, ao mesmo tempo, que se associe à identidade do Arquipélago açoriano. Deste modo, a seleção de obras apresenta o trabalho de vários artistas nacionais, tendo como fio condutor do discurso expositivo os temas da Paisagem e da Viagem.
Pensando nas diferenças de escala e particularidades identitárias de cada ilha deste arquipélago, selecionámos exatamente 9 obras também com diferentes escalas e singularidades, que ainda que representem a arte portuguesa contemporânea, têm pronúncias distintas, resultantes de diferentes formas de estar e de pensar a Arte, ainda que próximas e unidas sob um conjunto de pontos de contacto a partir dos quais construímos a narrativa expositiva.
«[…]tão diferentes entre si […] não podem comparar-se sem o conhecimento profundo da sua diversidade. Nenhuma delas é mais ou menos bela que a outra. Todas se impõem, se distinguem e complementam entre si pela própria “diferença”.[…]»
João de Melo acerca das nove ilhas.
MELO, João – «O Arco das Ilhas», in Açores. O segredo das Ilhas. Narrativa de Viagem. Lisboa: D. Quixote, 2016, pp.228-229.
Diana Gonçalves dos Santos
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