Monólogo de uma mulher chamada Maria com a sua patroa
Sara Barros Leitão
12 fev. 2023Teatro
Monólogo de uma mulher chamada Maria com a sua patroa
com Sara Barros Leitão
12 fev. 2023
18h00
Público-alvo | Maiores de 12 anos
INFORMAÇÃO BILHETEIRA
Ingresso | 8 euros
Bilhetes à venda de terça a domingo, entre as 10h e as 18h na receção do Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas.
Não são aceites reservas de bilhetes.
Sinopse
Monólogo de uma mulher chamada Maria com a sua patroa é o título roubado clandestinamente a um texto do livro “Novas Cartas Portuguesas”, e que dá o mote para este espetáculo.
Partimos da criação do primeiro Sindicato do Serviço Doméstico em Portugal para contar a história, ainda pouco conhecida, pouco contada, pouco reconhecida, pouco valorizada, do trabalho das mulheres, do seu poder de organização, reivindicação e mudança.
É a história das mulheres que limpam o mundo, das mulheres que cuidam do mundo, das mulheres que produzem, educam e preparam a força de trabalho. Esta é a história do trabalho invisível que põe o mundo a mexer.
Criação, texto e interpretação | Sara Barros Leitão
Assistência à criação | Susana Madeira
Coordenação da pesquisa | Mafalda Araújo
Cenografia e figurino | Nuno Carinhas
Desenho de luz | Cárin Geada
Desenho de som | José Prata
Montagem e operação som | Mariana Guedelha
Montagem e operação luz | Cárin Geada
Conceção de maquinaria | António Quaresma
Execução costura | Ponto sem nó
Direção de produção | Susana Ferreira
Coprodutores| 23 Milhas; Fundação Centro Cultural de Belém; A Oficina; Cine-teatro Louletano; Teatro Académico Gil Vicente; Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana; Teatro Municipal Baltazar Dias; Teatro Nacional São João; Teatro Viriato;
Residência de coprodução | O Espaço do Tempo
Projeto financiado por | República Portuguesa e Direção Geral das Artes
A Companhia
Cassandra é uma estrutura artística, fundada em 2020. É também o nome da mulher que Apolo amaldiçoou por ter recusado a sua sedução, tornando-a capaz de prever o futuro sem que ninguém acredite nela.
Resgatada do mito clássico, depois de ver Tróia incendiada, e ver cumprido tudo o que predestinou, chega-nos agora em forma de encorajamento à criação, mesmo sabendo da dificuldade que terá em ser ouvida. Uma característica não muito diferente da de todas as mulheres.
O projeto artístico assenta, neste momento, em dois eixos: a criação original de espetáculos, e projetos multidisciplinares de desenvolvimento de públicos.
O primeiro espetáculo foi Monólogo de uma mulher chamada Maria com a sua patroa, escrito, encenado e interpretado por Sara Barros Leitão, também diretora artística da estrutura, que conta a história do trabalho doméstico em Portugal, com especial foco na criação do primeiro Sindicato do Serviço Doméstico.
Desde de 2021, que organiza as Heróides – clube do livro feminista, um projeto de leitura, discussão e conversa à volta de livros, com encontros mensais, que junta on-line cerca de duzentas pessoas por mês.
A criadora
Sara Barros Leitão (Porto, 1990). Formou-se em Interpretação pela Academia Contemporânea do Espetáculo e iniciou a licenciatura de Estudos Clássicos na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e iniciou o Mestrado Estudos sobre as Mulheres – Género,
Cidadania e Desenvolvimento, na Universidade Aberta. Não concluiu nenhum.
Trabalha regularmente em televisão, cinema e teatro.
Presentemente, trabalha como atriz, criadora, encenadora, assistente de encenação e dramaturga. Nos últimos anos destacam-se as encenações dos concertos Trilogia das Barcas (2018), de Gil Vicente, e Rei Lear (2019) de William Shakespeare, coproduzidos pelo CCB e Toy Ensemble; bem como as criações Teoria das Três Idades (2018), coproduzida pelo Teatro Experimental do Porto e Teatro Municipal do Porto, a partir do estudo do arquivo do TEP, e Todos Os Dias Me Sujo De Coisas Eternas (2019), a partir de um trabalho de investigação sobre a toponímia portuense, apresentado no projeto Cultura em Expansão.
Em 2020, fundou a estrutura artística Cassandra, para desenvolver os seus projetos.
Feminista, ativista por todas as desigualdades ou injustiças, incoerente e a tentar ser melhor, revolucionária quanto baste, artista difícil de domesticar. Usa o espaço de cena, o papel e a caneta como se fosse uma caixa de fósforos e um bidão de gasolina, ou um megafone para contar a história dos esquecidos.