IO – Paisagens, Máquinas e Animais
de Né Barros

Antestreia espetáculo

6 set 2019 // 21h30

IO – Paisagens, Máquinas e Animais de Né Barros

Intérpretes Beatriz Valentim e Bruno Senune

Música José Alberto Gomes

6 set 2019

21h30

Blackbox

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Sinopse

O projeto da peça IO reúne as seguintes ideias motoras: o contraste da paisagem e dos elementos, onde se produzem ambientes extremos como vulcões ou glaciares; a dimensão ficcional e mítica de personagens como identidades, também elas, contrastantes.

Paisagens, Máquinas e Animais é também o subtítulo de uma série de projetos a desenvolver nos próximos dois anos e que se iniciam agora com IO.

IO, uma das quatro grandes luas de Júpiter que, apesar de estar localizada numa região gélida, caracteriza-se por ser o local com maior atividade vulcânica do Sistema Solar. É este ambiente de extremos que inspirou o disco e a peça coreográfica. Partindo da manipulação e desconstrução do timbre rico e hipnótico do saxofone barítono, esta longa duração é uma obra de um só fôlego, paciente, de inúmeras camadas, assumidamente influenciado pelo universo da ficção científica e fortemente marcado pelos tons introspetivos sempre presentes no percurso de BlacKoyote (editora do disco). IO tem também conotações da mitologia greco-romana. Zeus transformara Io numa novilha para esconder de sua mulher a paixão que teria pela princesa. Este mito pode ser interpretado como uma alegoria lunar, na qual a fuga da novilha representaria o movimento da Lua e os olhos de Argos, o céu estrelado. Uma pequena lenda paralela diz que as lágrimas da novilha Io caíram sobre as asas de um inseto, marcando-as eternamente e dando origem à bela borboleta Inachis io.

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Ficha Artística

Direção e coreografia Né Barros

Música José Alberto Gomes

Assistência coreográfica Flávio Rodrigues

Intérpretes Beatriz Valentim e Bruno Senune

Saxofonista Henrique Portovedo

Produtora Executiva Lucinda Gomes

Apoio Residência Artística Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas

Produção Balleteatro

Apoio Coliseu do Porto Ageas

Estreia 1 Outubro Coliseu do Porto Ageas

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NOTAS BIOGRÁFICAS 

Né Barros coreógrafa e bailarina, investigadora no Instituto de Filosofia da Universidade do Porto no grupo de Estética, Política e Conhecimento. Tem desenvolvido o seu trabalho artístico em conexão com os seus estudos académicos e pesquisas. Iniciou a sua formação em dança clássica e, posteriormente, trabalhou em dança contemporânea e composição coreográfica nos Estados Unidos (Smith College). Doutorada em Dança (Universidade de Lisboa) e Master in Dance Studies (Laban Centre, Londres). Concluiu um Pós-Doutoramento no Instituto de Filosofia sobre a estética e performances. Estudou Teatro (ESAP). Como coreógrafa, tem colaborado com artistas visuais, fotógrafos, realizadores de cinema, encenadores e músicos. Criou a maior parte dos seus trabalhos no Balleteatro, mas também trabalhou com a Companhia Nacional de Bailado (premiada como Melhor Coreografia), com Ballet Gulbenkian e Aura Dance Company (Lituânia). É autora dos livros Da Materialidade na DançaDança: corpo e casa, 2001 e editor de Deslocações da Intimidade, 2015. Artes Performativas: Novos Discursos (2013), Das Imagens Familiares (2013), Story Case print (2009) e Metamorfoses do Sentir (1998). Publicou vários artigos sobre temas como estética, filosofia da dança e performance, composição de dança, artes cénicas. É codiretora das coleções Estética, Política e Arte e Máquinas de Guerra, publicadas pela FLUP. É professora na ESAP e convidada em diversas instituições. Co-fundadora do Balleteatro e diretora artística do Family Film Project – Festival Internacional de Cinema de Arquivo, Memória, Etnografia.

José Alberto Gomes é músico, artista sonoro e curador, nascido no Porto em 1983. Completou o curso de piano do Conservatório do Porto e em 2007 finalizou a licenciatura em Composição na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo. Criou laços muito fortes com as novas possibilidades tecnológicas musicais e o papel da música no teatro, cinema, instalações, tendo especial interesse em procurar novas formas e novos “lugares“ musicais. Doutorado em Computer Music pela Universidade Católica Portuguesa tem estado ligado ao ensino na área da arte e novos media, tendo passado por vários cursos como Composição na ESMAE-IPP, Música Electrónica e Produção Musical na ESART-IPCA ou Mestrado de Media e Artes Digitais na Universidade do Minho, entre outros. Actualmente é coordenador do Serviço Educativo Braga Media Arts (Cidade Criativa da UNESCO no domínio das Media Arts) onde desenvolve e orienta conteúdos, espectáculos e projectos de criação artística ligada às novas tecnologias na arte, comunidade e educação. É docente na Escola das Artes – UCP, no Mestrado em Engenharia em Desenvolvimento em Jogos Digitais – IPCA e no Doutoramento de Media e Arte Digital na Universidade Aberta. Apresenta-se, regularmente, em público em projectos a solo, colectivos ou em parcerias, ex.: BlacKoyote, Digitópia Collective, Srosh Ensemble, Hans-Joachim Roedelius, Gustavo Costa, Ricardo Jacinto, Henrique Portovedo, Jon Rose, etc., nas áreas de música e sonoplastia para peças de teatro e video, ex. From Peter Handke’s Essay about the Successful Day – Teatro da Comuna; Longe – FITEIRivoli; Cidade Domingo – Teatro Oficina/Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura; Prometeu – Teatro de Formas Animadas; Ínsua – Ruptura Silenciosa; como criador e developer de instalações sonoras, ex. A Perpetuação do tempo sob o presente – 23.03/Journées Européennes du Patrimoine; Re-Interpretação Urbana – Fundação de Serralves; Substantive Derivative – Emiliano Zelada/Ingresso Pericoloso; e como compositor para electrónica e ensemble instrumental, ex. At the still point of the turbina world, Joana Gama e Luís Fernandes, Drumming GP, Nuno Aroso, João Dias, Henrique Portovedo, FactorE, Srosh Ensemble/Fundação de Serralves, Orquestra Estúdio/Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura.

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